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Pandemia leva MEI a migrar de atividade para sobreviver

Por Dentro De Tudo:

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A pandemia de Covid-19 e as medidas adotadas para a contenção do coronavírus prejudicaram severamente o mercado de trabalho em Minas Gerais. Em um ano de pandemia, muitas atividades econômicas foram impedidas de ser exercidas ou tiveram a demanda muito afetada. Isso fez com que muitos dos microempreendedores individuais (MEIs) ou cancelassem o registro ou optassem por outro setor para atuar. 

Uma análise feita pelo Sebrae Minas mostrou as principais mudanças ocorridas no perfil das atividades empresariais durante a pandemia. No período, as atividades relacionadas ao transporte de pessoas e mercadorias (serviços de aplicativo) e à venda de peças e acessórios para motocicletas cresceram. Enquanto o transporte escolar independente foi um dos mais prejudicados e com maior baixa no número de registro. 

De acordo com a analista da Unidade de Inteligência Empresarial Sebrae Minas, Paola La Guardia Zorzin, durante a pandemia, o registro de MEI em Minas Gerais cresceu. Os dados do Sebrae mostram um saldo geral positivo de mais de 204 mil MEIs entre março do ano passado e o mesmo mês deste ano, o que gerou um crescimento de 19% no período. Apesar do saldo, o aumento está ligado à elevada taxa de desemprego.

“Vimos que, realmente, os registros de MEI cresceram muito no período da pandemia. Esta alta está muito relacionada à busca de oportunidades para se manter no mercado ou se reinserir”.

Segundo o levantamento do Sebrae, entre as atividades que cresceram muito com as medidas de restrição adotadas estão as relacionadas aos serviços de aplicativos de  transporte de pessoas e mercadorias e à venda de peças e acessórios para motocicletas.

Os registros de motorista de aplicativo independente tiveram um crescimento de 114%, passando de 5.082 em março do ano passado para 10.852 MEI no terceiro mês de 2021. Em comerciante de peças e acessórios usados para motocicletas a alta foi de 106%, eram 67 em março de 2020 e agora, em março de 2021, já são 138 MEI nessa atividade. No setor de entregador de malotes independente foi verificada alta de 89%, atingindo 2.245 MEIs em março, ante 1.185 em igual período do exercício passado.

“No período da pandemia, houve um movimento de adaptação do mercado. Com o isolamento e a suspensão de várias atividades, surgiram em algumas áreas oportunidades para atuar como motoristas de aplicativos independente que está relacionada à entrega de mercadorias e alimentação em casa. Outra que cresceu muito está relacionada à comercialização de peças para motocicleta, resultado da maior demanda por entregas”.

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