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Preso suspeito de matar jovem que se recusava a entrar para o tráfico

Por Dentro De Tudo:

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Um homem de 31 anos foi indiciado pelo assassinado de um adolescente, de 16 anos, no último dia 21 de agosto, na Praça de Esportes do Bairro Santa Lúcia, Região Sul de Belo Horizonte. As investigações foram coordenadas pela delegada  Michelle Manzalli, da 5ª Delegacia Especializada de Investigação de Homicídios Sul, do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Segundo as investigações, o criminoso tentava convencer a vítima para que ela realizasse a venda de drogas para ele. “Diante da recusa da vítima, o investigado passou a ameaçá-la de morte. Inclusive, tais ameaças passaram a serem estendidas aos familiares, com ordem para que deixassem o Aglomerado Morro do Papagaio”, revela a delegada.

Com a recusa do adolescente, o homem o matou, com três tiros, todos na cabeça. A delegada Letícia Gamboge, chefe da DHPP, ressalta que as investigações foram bastante conclusivas. “Embora a vítima tivesse envolvimento, no passado, com outros tipos de atos infracionais, ficou claro que ela se recusava a integrar a organização criminosa voltada para o tráfico de drogas naquela região.”

Vingança

Os policiais descobriram que o crime também tem conotações de vingança. pois diante das ameaças, o adolescente teria tentado matar o homem. “Depois que o homem de 31 anos se recuperou, ele retornou até o Aglomerado Morro do Papagaio e, à luz do dia e na presença de testemunhas, desferiu disparos de arma de fogo contra o adolescente”, explica Manzalli.

O chefe da Divisão Especializada em Investigação de Crimes Contra a Vida (DICCV), delegado Frederico Abelha, numa investigação sobre o suspeito, descobriu que ele já havia sido preso em 2011 e cumprido pena por nove anos, também por um homicídio cometido naquela comunidade. “Ele foi solto no ano de 2020 e, após isso, teve passagens policiais por violência doméstica praticada contra a companheira e por posse de arma de fogo.”

Na conclusão do inquérito, a delegada indicia o investigado por homicídio duplamente qualificado. Ele está preso no sistema prisional, onde aguardará pelo julgamento.

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