A prisão do influenciador digital Hytalo Santos, junto com seu marido Israel Nata Vicente, continua gerando repercussão nacional. A ação foi coordenada pela Polícia Civil de São Paulo em conjunto com o Ministério Público da Paraíba (MPPB), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e outros órgãos, após denúncias de exploração sexual de menores e tráfico humano interno.
Em entrevista à coluna Fábia Oliveira, a advogada Ingryd Souza destacou que a prisão preventiva visa garantir a ordem pública, preservar as investigações e evitar possíveis interferências. “É importante lembrar que, apesar da gravidade das acusações — que envolvem suposta sexualização de menores, trabalho infantil artístico irregular e emancipações questionáveis —, ainda estamos diante de um inquérito em andamento, e a presunção de inocência precisa ser respeitada”, afirmou.
Segundo as investigações, o caso começou a ser apurado no ano passado, após denúncias sobre vídeos e conteúdos publicados nas redes sociais de Hytalo Santos, que exibiam crianças e adolescentes em contextos considerados inapropriados. O episódio ganhou repercussão nacional após um vídeo de 50 minutos do youtuber Felca viralizar denunciando essas práticas.
A Justiça determinou o bloqueio das redes sociais, a desmonetização dos canais, a proibição de contato com menores, além de buscas e apreensões em imóveis ligados ao influenciador.
Para a advogada, a cobertura midiática exige cautela. “É um caso que envolve direitos fundamentais e a proteção de vítimas em situação de vulnerabilidade. O papel da imprensa é informar, mas sem expor ainda mais aqueles que já podem ter sofrido violações. Ao mesmo tempo, é fundamental que a sociedade acompanhe o desenrolar desse processo, pois ele também levanta debates sobre a segurança de crianças e adolescentes na internet”, concluiu.
Imagem: Instagram/Divulgação
Fonte: Metrópoles