Quaest: julgamento de trama golpista é criticado por 64% nas redes

Por Dentro De Tudo:

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Um levantamento feito pela Quaest nas redes sociais nesta terça-feira (2) mostrou que a hashtag #BolsonaroFree concentrou a maior parte das publicações contrárias ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a apuração, 64% das menções foram contra o julgamento.

Dentro dessa narrativa, a publicação de maior alcance foi da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), no X (antigo Twitter), com 2,25 milhões de visualizações, em que ela afirma haver supostas irregularidades no processo e pede a suspensão da ação. Em seguida, aparece o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), também no X, com 920,9 mil visualizações. Já a terceira postagem de maior alcance foi do portal Metrópoles, no Instagram, com 214,7 mil visualizações e tom considerado neutro.

Por outro lado, as publicações que celebraram a realização do julgamento representaram 19% do total. A Quaest atribui o número mais baixo à ausência de coordenação entre os apoiadores dessa narrativa. As principais hashtags utilizadas foram #BolsonaroCondenado, “soberania é justiça” e #BolsonaroNaCadeia.

O monitoramento também identificou um pico de buscas no Google sobre o julgamento, especialmente de pessoas interessadas em assistir à sessão do STF ao vivo. Até as 16h30 de terça-feira, as menções sobre a possibilidade de prisão domiciliar de Bolsonaro somavam 746 mil registros. Apesar do volume expressivo, o índice ficou abaixo de outros momentos recentes, como a operação da PF contra Bolsonaro, em 18 de julho (72 mil por hora), e a prisão domiciliar decretada em 4 de agosto (51 mil por hora).

O julgamento

O STF iniciou nesta terça-feira o julgamento do chamado “núcleo crucial” da suposta tentativa de golpe atribuída a Bolsonaro e aliados em 2022. Além do ex-presidente, são réus:

  • Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor da Abin)
  • Almir Garnier Santos (almirante e ex-comandante da Marinha)
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
  • Augusto Heleno (general da reserva e ex-ministro do GSI)
  • Mauro Cid (tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, delator do caso)
  • Paulo Sérgio Nogueira (general e ex-ministro da Defesa)
  • Walter Braga Netto (general da reserva e ex-ministro da Casa Civil e da Defesa)

📷 Foto: Rosinei Coutinho / SCO / STF

✍️ Fonte: Metrópoles

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