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Quatro anos da tragédia em Brumadinho: 270 mortes, três desaparecidos e nenhuma punição

Por Dentro De Tudo:

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Passados quatro anos desde o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, que deixou 270 pessoas mortas e despejou milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração na bacia do Rio Paraopeba, ninguém foi responsabilizado pela tragédia. Além de justiça, familiares de três vítimas ainda aguardam a chance de se despedir. Os bombeiros mantêm buscas diárias pelos desaparecidos. 

As investigações concluíram que a realização de perfurações verticais foi o gatilho para a liquefação que provocou o rompimento da estrutura, que já estava frágil, no dia 25 de janeiro de 2019. 

Apesar de ter conhecimento dos problemas da barragem, a consultora Tüv Süd emitiu Declarações de Condição de Estabilidade que permitiram que a estrutura continuasse funcionando mesmo com fator de segurança abaixo do recomendado por padrões internacionais. A mineradora sabia da situação e apresentou os documentos às autoridades.

Mais de 1,4 mil dias após o rompimento, a recomendação de não utilização da água bruta do Rio Paraopeba para qualquer fim, entre Brumadinho e Pompéu, permanece. A pesca de espécies nativas também segue proibida em toda a bacia.

Responsabilização criminal pelo rompimento da barragem

Quatro anos, empresas e funcionários indiciados e denunciados e nenhuma condenação. Uma discussão judicial ainda sem ponto final, para definir se é da Justiça Estadual ou Federal a competência para julgar a ação penal relacionada à tragédia, atrasa a responsabilização dos envolvidos.

Fonte: Globo Minas. Foto: André Penner/AP.

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