O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) de Minas Gerais pode entrar em greve nos próximos dias. Os dez consórcios que operam o serviço em cerca de 800 municípios — o equivalente a 93,7% do estado — denunciaram um rombo de quase R$ 57 milhões no orçamento de 2025 e deram até o dia 8 de julho para que o Ministério da Saúde (MS) ou o governo estadual apresentem soluções para a crise.
A denúncia foi formalizada em um ofício enviado ao MS, alertando que o subfinanciamento coloca em risco a eficiência do atendimento pré-hospitalar em todo o território mineiro. O repasse federal, que deveria cobrir metade do custeio do serviço, tem variado de apenas 8% a 40%, segundo dados dos consórcios. A situação, agravada pela defasagem salarial e sobrecarga dos profissionais, tem causado desmotivação e ameaça a continuidade do serviço — considerado referência no país.
Além disso, cerca de 2 mil condutores socorristas estão mobilizados por melhores condições de trabalho e exigem a aprovação do Projeto de Lei 3.104/2020, que reconhece esses profissionais como integrantes da área da saúde, garantindo-lhes direitos equivalentes aos dos demais trabalhadores da equipe de emergência.
O Ministério da Saúde afirmou que investigará o caso, mas negou que exista um piso obrigatório de repasse ao Samu. Caso a greve se concretize, o Sindsaúde-MG garante que será respeitado o percentual mínimo legal de funcionamento do serviço.
📸 Foto: Rodney Costa/O Tempo
📎 Fonte: O Tempo
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