Sexo Antes de Competições Esportivas: Mito ou Realidade?
Há muito tempo, a crença de que atletas devem evitar sexo antes de competições tem sido difundida no esporte profissional. A ideia é que a energia e a agressividade acumuladas pela abstinência sexual seriam liberadas durante a competição, aumentando as chances de vitória.
No entanto, estudos e especialistas apontam que essa proibição pode não fazer sentido. O sexo, na verdade, pode trazer benefícios significativos para o corpo e a mente, potencialmente melhorando o desempenho esportivo.
Benefícios do Sexo para o Corpo e a Mente
Durante o sexo, diversos processos físicos e psicológicos são ativados. O sexo estimula o sistema cardiovascular, ativa a circulação sanguínea, alivia o estresse e a dor, e ajuda a melhorar a qualidade do sono. Esses benefícios são mediados por uma variedade de hormônios que entram em ação em diferentes fases da resposta sexual.
Fases da Resposta Sexual
Na década de 1960, os pesquisadores William Masters e Virginia Johnson desenvolveram um modelo de resposta sexual em quatro estágios que ainda é amplamente utilizado:
1. Excitação: A adrenalina eleva a pressão arterial e a dopamina proporciona antecipação e euforia, enquanto testosterona e estrogênio aumentam o desejo sexual.
2. Platô: A oxitocina, conhecida como o hormônio do carinho, promove sensação de proximidade e vínculo, mantendo níveis elevados de adrenalina e dopamina.
3. Orgasmo: A oxitocina atinge seu pico, proporcionando intensa sensação de prazer.
4. Resolução: A prolactina entra em cena, trazendo relaxamento e saciedade, indicando que o corpo não deseja mais sexo temporariamente.
Impacto no Desempenho Esportivo
Embora a prolactina, liberada após o orgasmo, possa teoricamente causar relaxamento que pode afetar a intensidade no esporte, os benefícios gerais do sexo, como a redução do estresse e a melhora do sono, podem compensar quaisquer efeitos negativos. Especialistas sugerem que os efeitos positivos superam os possíveis contratempos.