A possibilidade do retorno do trem de passageiros na região metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) voltou à pauta após uma audiência pública na Câmara Municipal de BH. O tema ganhou destaque com a proximidade do fim do contrato de concessão da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) com a VLI Multimodal S.A., em 2026.
Movimentos sociais, como o Movimento Pela Volta do Trem de Passageiros na RMBH, estão pressionando para que a renovação da concessão não seja feita de forma automática, sem a devida análise da gestão do serviço nos últimos 30 anos. Em vez disso, os grupos pedem a elaboração de um novo contrato que inclua o transporte ferroviário de passageiros, visto como uma alternativa viável para melhorar a mobilidade urbana e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
O vereador Helton Junior (PSD), que presidiu a audiência, defendeu a importância de considerar o retorno do trem de passageiros como uma contrapartida na renovação da concessão. Para ele, o trem pode ser uma solução essencial para a mobilidade, especialmente para quem vive na Grande BH.
O governo federal também se comprometeu a estudar a viabilidade da proposta, com o início de estudos planejado para a implantação de ramais de trem de passageiros em dois trechos da RMBH. A ideia é envolver os prefeitos e representantes locais nas discussões até junho deste ano.
Além dos benefícios ambientais, os defensores do trem argumentam que ele pode gerar impactos econômicos positivos para a região, com a estimativa de que poderia trazer até R$ 2 bilhões anuais para a cidade.
A discussão se intensifica com o apoio de autoridades locais e especialistas, que destacam a relevância histórica das ferrovias e seu potencial como motor de desenvolvimento econômico e social para a RMBH.
