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Vai viajar no feriado? Confira a situação das estradas de MG

Por Dentro De Tudo:

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Quem vai viajar no feriado prolongado de Corpus Christi (16 a 19 de junho) pelas rodovias de Minas Gerais terá pela frente estradas interditadas, estreitamentos, buracos e obras, a exemplo do que ocorre desde os recessos de fim de ano, do Carnaval, da Semana Santa e de Tiradentes.

Onze estradas estaduais e federais estão completamente bloqueadas por danos das chuvas e 65 operam com pistas em mão dupla espremendo dois sentidos ou apertadas até os acostamentos. Por esse motivo, o Estado de Minas preparou um guia rodoviário (confira abaixo) para o motorista se precaver dos obstáculos que deve encontrar nas estradas mineiras.

Os estragos estão por todo lado. O governador Romeu Zema (Novo) chegou a dizer que as estradas estão “talvez piores do que os buracos da Ucrânia”, numa referência ao país europeu invadido pela Rússia. Chamam mais a atenção a BR-040 (BH-Brasília), a BR-381 e a BR-262 – essa intransponível até as praias preferidas de muitos mineiros no Espírito Santo devido a duas interdições.

Uma das imagens mais impressionantes das chuvas de janeiro foi no dia 24, quando a enchente do Rio Santana afundou mais de 600 metros do KM-96 da BR-262, em Abre Campo, na Zona da Mata. Enquanto a prefeitura do município e de outros ainda lutavam para tentar promover desvios, falhando ao encontrar terrenos movediços e lamaçais, no dia 14 de fevereiro a reportagem do EM alertou que outros quatro trechos corriam perigo de desabamento. Um deles, no Km 149, antes da Ponte do Rio Doce, em Rio Casca, desmoronou em 9 de maio, ampliando para dois os pontos de bloqueio total.

BRASÍLIA/RIO 

A queda do barranco frustrou as operações de desvios. Ficou mais rápido fazer um contorno pelo estado do Rio de Janeiro para conseguir chegar ao litoral capixaba. O caminho alternativo amplia a viagem de 514 quilômetros para 629 quilômetros, podendo levar perto de 10 horas de deslocamento, passando pela BR-040, MGC-482 (Conselheiro Lafaiete), BR-120 (Viçosa), BR-356 (Coimbra), BR-393 (Itaperuna, no RJ), ES-297 (Bom Jesus do Norte, no ES) e BR-101 (Mimoso do Sul, no ES).

A BR-040, tanto para viajantes do sentido Rio de Janeiro, quanto de Brasília, exige atenção para as condições da pista. Para a capital fluminense, o perigo maior são as pistas com descidas fortes e curvas fechadas de Congonhas até a Serra de Petrópolis. Em direção ao Distrito Federal, os principais problemas relatados por motoristas ouvidos pela reportagem foram o asfalto escorregadio e a aquaplanagem no período de chuva.

DESABAMENTOS

As rodovias também não escapam das feridas abertas pelas chuvas de janeiro. Há abatimentos com desabamentos de parte dos acostamentos no sentido Brasília em Contagem (Km 525), Ribeirão das Neves (Km 510 e Km 509), Esmeraldas (Km 502 e Km 494) e Capim Branco (Km 488).

O maior abatimento de pista engoliu quase totalmente o acostamento do sentido Brasília, na altura do Km 510, em Ribeirão das Neves. Uma barreira de obstáculos de plástico zebrada foi postada sobre lonas para impedir as chuvas e uma trilha de sacos de areia para tentar desviar as enxurradas que podem saturar o terreno e levá-lo a desmoronar ou mesmo aumentar as erosões, com o mesmo efeito, avançando assim sobre a pista.

Lonas abertas na parte inferior para proteger o solo exposto já se encontram partidas em vários segmentos. Os fortes deslocamentos de ar pela passagem constante de grandes veículos pesados vão abrindo ainda mais rasgos ao fazer as proteções saírem voando. No Km 488, outro abatimento fica a apenas um quilômetro da Praça de Pedágio de Capim Branco e afronta o motorista que tem de pagar R$ 5,80 por eixo para rodar em uma pista avariada.

SERRA DO CIPÓ

Viajar pela estrada que corta a Serra do Cipó, na Região Central de Minas, é quase pegar um atalho para o paraíso: tem a cadeia de montanhas, profusão de cachoeiras, pousadas charmosas e ícones como a escultura do Juquinha, agora reproduzida em vários cantos. Mas o prazer do passeio fica interrompido – e se torna extremamente perigoso – com a quantidade de buracos na pista, entre os quilômetros 104 e 109 da MG-010, no município turístico de Santana do Riacho.

O risco maior está entre duas curvas, com crateras profundas, obrigando ônibus, caminhões e veículos leves a um zigue-zague na pista. Como não existe acostamento, os motoristas precisam desviar, entrar na contramão e levantar poeira fora da estrada.

ESPOSTA 

O Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) informa que iniciou, na semana passada, os serviços de manutenção da MG-010 no trecho de quatro quilômetros, do Km 104 ao 109, em Santana do Riacho, com a realização de remendos profundos para recompor o pavimento da rodovia, nos locais mais críticos.

Os trabalhos prosseguem durante os meses de junho e julho, e, onde for considerado necessário, serão efetuados serviços de manutenção rotineira, que compreendem outras atividades como tapa buracos, roçada e capina da faixa de domínio e limpeza do sistema de drenagem.

Fonte: Estado de Minas.

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