Recenseadores do IBGE denunciam violência e atraso no pagamento do Censo 2022

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Recenseadores responsáveis por coletas as informações do Censo 2022 foram às ruas para reivindicar melhores condições de trabalho. Pelas redes sociais, postagens e imagens convocavam a categoria para uma greve, mas o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) afirma que a coleta de dados transcorreu normalmente na sexta-feira (2).

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística afirma que não participou da convocação dos atos realizados ontem. Segundo a categoria, houve manifestações nas cidades de Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belém, Recife, João Pessoa e cidades do interior de São Paulo e do Rio Grande do Sul.

“Eles se mobilizaram e criaram um movimento nacional que é muito em rede, muito flexível e não tem uma instituição que consiga falar oficialmente por ele. São grupos de recenseadores que, de forma descentralizada, se manifestam de forma espontânea”, disse o diretor da Executiva Nacional da Assibge, Elvis Vitoriano da Silva.

Várias queixas

Durante os protestos, os recenseadores levantaram cartazes e faixas e pediram para levar suas reivindicações ao IBGE. O instituto, por sua vez, afirma que suas superintendências estaduais receberam os recenseadores e também ouviram suas queixas.

O diretor do sindicato ressalta que grande parte das reclamações se deve ao fluxo de pagamentos. Os recenseadores recebem por produção e parte desse pagamento só é pago após as entrevistas passarem por uma supervisão. Os relatos são de problemas e demora ao longo desse processo.

“Tem um pouco de tudo: problemas no processamento dos pagamentos, problemas no tempo que leva para realizar o trabalho e passar pela supervisão e também tem algum resíduo de erro de cadastro dos recenseadores”, disse Elvis.

Sobre esse ponto, o IBGE afirma que “mais de 99% dos problemas de atraso no pagamento dos recenseadores já foram sanados, desde a semana passada, e que novos procedimentos na rotina de pagamentos foram adotados, a partir desta semana, para agilizar o processo”.

Violência

Outra reclamação relatada pelos recenseadores é a violência durante o trabalho em campo, segundo Elvis Vitorino da Silva. Os casos vão desde roubos dos equipamentos usados para a coleta dos dados até denúncias de racismo e xingamentos.

“Tem gente que se recusa a receber o recenseador ou acaba agredindo por confundir com pesquisa eleitoral”, avalia. O IBGE considera que os incidentes ocorridos com alguns recenseadores durante seu trabalho de coleta de dados foram pontuais.

“As unidades estaduais do IBGE deram assistência aos servidores envolvidos e, quando necessário, orientações quanto ao registro da ocorrência junto aos órgãos de segurança pública”, afirma o instituto. Além disso, o IBGE ressalta que os recenseadores e demais trabalhadores que atuam no Censo 2022 são servidores públicos federais e crimes contra eles são sujeitos a investigações federais.

Com Agência Brasil

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