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Carnaval: saiba como funcionam as vacinas contra ISTs disponíveis no Brasil

Por Dentro De Tudo:

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Em época de carnaval, é sempre bom lembrar que a forma mais eficaz de se combater as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) é o uso da camisinha. Mas, para algumas dessas doenças, já há vacinas que podem ser encontradas no Sistema Único de Saúde (SUS) ou em clínicas particulares pelo país. 

Hoje, já existem imunizantes contra as hepatites A e B e o HPV, que também é um dos principais causadores de câncer de colo do útero. A vacina contra a Varíola dos Macacos chegou ao Brasil em 2022, mas ainda não está disponível para o grande público. Todas elas precisam ser tomadas ainda na infância para que a sua eficácia seja completa. 

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“A vacina da hepatite B é dada na infância, assim que o bebê nasce, é uma das primeiras. Vale lembrar que transmissão da hepatite B não se dá só por via sexual, mas também se dá por contato sanguíneo. A vacina do HPV é tomada no final da infância, começo da adolescência, em torno de nove anos nas meninas e onze anos nos meninos. É importante que essa vacina seja tomada antes do início das atividades sexuais para que os anticorpos sejam produzidos antes que esse adolescente se exponha aos vírus HPV”, apontou a Dra. Dania Abdel Rahman, Médica Infectologista e Coordenadora do setor de Infectologia Clínica e Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Albert Sabin. 

Vacina não vai dar imunidade instantaneamente

Para quem não está com as vacinas em dia, não adianta correr para se vacinar às vésperas do carnaval. Rahman explica que existem imunizantes, como o da hepatite B, que precisam de três doses para fazer efeito. Logo, esse cronograma precisa ser feito com antecedência para que os anticorpos já estejam funcionando. 

“A vacina não é um soro, não é anticorpo pronto. A vacina é um estímulo para a produção de anticorpos e leva um tempo para que a proteção ocorra”, explica Rahman. 

 Vacinas não substituem a camisinha 

Estar com o calendário vacinal em dia pode diminuir muito as chances de contrair ISTs, mas a imunização não substituí a camisinha, já que não são todas elas que possuem imunizantes disponíveis  

“A gente tem doenças para as quais não existe vacina como o HIV, a sífilis, a gonorreia, clamídia, que são doenças que tem tratamento, mas que não tem a vacina. Contra elas, o preservativo é uma forma bem eficaz de prevenção”, explicou a infectologista do Hospital Sírio-Libanês Mirian Dal Ben.

A infectologista também alertou que depois de uma relação sexual é essencial ficar atento a qualquer sintoma diferente que o corpo apresentar. Ela explica que caso a pessoa tenha uma relação de risco de contrair o HIV, pode fazer o uso da profilaxia dentro de 72 horas após a relação.   

“Se você se expôs e acredita que houve um risco de você ter adquirido HIV, pode usar a profilaxia pós exposição. Basta procurar um atendimento médico nas 72h após a relação sexual para tomar uma medicação que vai reduzir quase a zero o risco de você pegar o HIV e já pode fazer exames ou se medicar contra sífilis, gonorreia e clamídia”, encerrou. 

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