Após as devastadoras chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, sobreviver nos abrigos tornou-se um desafio ainda maior devido aos relatos de abusos sexuais. Banhos disputados em banheiros coletivos, colchões próximos a criminosos e a escuta de comentários intimidadores durante a noite são apenas alguns dos sinais alarmantes.
Especialistas alertam para a repetição da história vivenciada pelas vítimas do furacão Katrina nos Estados Unidos. Embora não haja confirmação oficial das autoridades, crimes de importunação e violência sexual têm sido notificados às autoridades competentes.
Em resposta a essas questões, o Instituto E Se Fosse Você, liderado pela ex-deputada federal Manuela d’Ávila, estabeleceu espaços de acolhimento dedicados a mulheres e crianças, como um local no bairro Santana, em Porto Alegre.
Os relatos são aterradores. P. A. D., que preferiu não se identificar, descreve uma experiência de terror em um abrigo na zona norte de Porto Alegre, onde ela e sua filha foram vítimas de assédio sexual, violência psicológica e ameaças.
“Eles falavam sobre seus passados criminosos e passavam a madrugada falando de violência, sob o efeito de drogas. Eles nos observavam, pegavam mantimentos para trocar por drogas”, relembra P. A. D. A situação se tornou ainda mais tensa quando os assédios físicos começaram, especialmente em relação à sua filha de 14 anos.
Esses relatos evidenciam a urgência de medidas para proteger os vulneráveis e garantir a segurança nos abrigos do Rio Grande do Sul.
📸 Lara Ely/Especial para o Metrópoles