O combate ao bullying nas escolas depende do engajamento das famílias, conforme afirma a professora de psicologia da educação da Universidade Federal do Ceará, Jakeline Alencar Andrade. Ela destaca que não se trata apenas de uma ação isolada dos professores, mas de um esforço conjunto da escola e da comunidade, que deve focar na educação, além da punição.
Um diretor de uma escola estadual em Belo Horizonte, com quase uma década de experiência, relata que, embora as iniciativas contra o bullying tenham avançado, o envolvimento das famílias, especialmente as dos agressores, é crucial. Ele afirma que, em muitos casos, os pais tratam o bullying como uma “brincadeira”, o que dificulta o progresso no combate ao problema.
Um estudo da USP, realizado em 2017 com mais de 2.000 estudantes em Uberaba, mostrou que famílias envolvidas em casos de bullying tendem a ter menos comunicação e serem consideradas menos funcionais.
O bullying pode ocorrer de diversas formas, incluindo agressões físicas, verbais, escritas, morais, materiais e o cyberbullying, que pode causar danos psicológicos mais graves devido à sua ampla disseminação e, muitas vezes, anonimato.
Fonte da matéria: O Tempo
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