Criminosos estão utilizando inteligência artificial para clonar a voz e a imagem de vítimas, aumentando o risco de golpes cibernéticos. Em Minas Gerais, a média diária de 160 casos de estelionato em meios cibernéticos foi registrada até maio de 2024, um aumento significativo em comparação com anos anteriores.
A tecnologia é usada para criar montagens realistas, como no caso do analista de suporte João Pedro Andrade, que teve seu perfil no Instagram hackeado e um vídeo falso criado com sua imagem e voz. Golpistas também utilizam IA para tornar mais realistas os golpes de WhatsApp clonados, enviando vídeos e áudios falsos para enganar familiares e amigos das vítimas.
Especialistas explicam que o aumento do uso das redes sociais e a dependência digital durante a pandemia, além da desinformação, contribuem para a alta desses crimes. Advogados e especialistas em segurança cibernética alertam sobre a facilidade com que criminosos podem acessar e utilizar essas ferramentas.
A Polícia Civil de Minas Gerais está ciente do uso dessa tecnologia por criminosos e trabalha na prevenção e conscientização da população, além de capacitar seu corpo policial. A delegada Marcelle Bacellar destaca a necessidade de estar alerta e informado sobre novas ferramentas digitais para evitar cair em golpes.
Foto: Jacob Wackerhausen / Getty Images