Com o fim da desoneração de tributos federais sobre combustíveis, o preço da gasolina, do diesel e do etanol deve ficar mais caro a partir de janeiro. Cálculo do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) estima que o litro da gasolina deve ficar R$ 0,69 mais caro, o que significa aumento superior a 14% nos postos de Minas Gerais.
No primeiro semestre, Bolsonaro cortou o imposto sobre combustíveis para frear a alta de preços com a Guerra na Ucrânia. Uma das medidas previstas era o corte do PIS e da Cofins sobre os combustíveis até 31 de dezembro, além de zerar a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) da gasolina. Mas, nesta semana, o futuro ministro da Fazenda do governo Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Haddad, sinalizou que não desejaria que o governo atual prorrogasse a medida por mais 30 dias.
A estimativa é que o corte dos tributos impacte em R$ 50 bilhões nos cofres da União por ano. A proposta deve ser avaliada pela nova equipe econômica.
Além do novo valor da gasolina, o CBIE projeta que o etanol tenha aumento de R$ 0,26 por litro e o diesel de R$ 0,33.
Preços dos combustíveis em Minas Gerais
Segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo e Biocombustíveis (ANP), a gasolina está custando, em média, R$ 4,78 nos postos de Minas Gerais. Ou seja, com a reoneração dos tributos, o litro do combustível deve ultrapassar R$ 5.
Já o litro do etanol custa, em média, R$ 3,79, enquanto o do diesel é vendido a R$ 6,14. Com a reincidência de tributos federais, o aumento deve ser de 7,3% e 5,3%, respectivamente.
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