O Aterro Sanitário de Sete Lagoas terá sua vida útil ampliada com o esgotamento de sua piscina de chorume. Desde sua inauguração, em 2011, essa é a primeira vez que a piscina é esvaziada. O chorume é um líquido escuro proveniente da decomposição de matéria orgânica e, no aterro, é drenado do lixo comum para uma piscina própria. O espaço, que fica no bairro Planalto, recebe 160 toneladas diárias de resíduos sólidos.
A engenheira responsável pelo aterro, Wanilly Rocha, explica que tudo começa na coleta porta a porta. “Diariamente são 160 toneladas que vêm para o aterro. O caminhões são pesados e o resíduo é levado para a frente de operações. Ali, um trator de esteiras realiza o processo de espalhamento do resíduo, compactação e cobertura. Internamente, gases (metano) e líquidos (chorume) são drenados. O chorume segue então para as lagoas de tratamento anaeróbia e facultativa”, detalha.
Os caminhões iniciaram esta semana o esvaziamento da piscina de chorume. Todo o material será levado para uma estação de tratamento de efluentes, em Betim. No total, devem ser retiradas mais de cinco mil toneladas do material. O esgotamento da piscina faz parte da condicionante imposta pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e pela Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram) para o licenciamento ambiental definitivo do aterro.
“Esse rejeito é drenado e jogado na piscina de chorume. Essa piscina tomou uma proporção muito grande e nunca foi esgotada. Estamos dando a destinação que a lei determina. Além de um dever legal, foi um compromisso assumido pelo prefeito Duílio de Castro no prolongamento da vida útil do aterro”, comenta o secretário municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Turismo, Edmundo Diniz.
Aterro ampliado
Em julho do ano passado, a Prefeitura deu início às obras de ampliação do aterro. O secretário destacou a importância deste projeto, uma realização reivindicada há muitos anos. “Com muito trabalho e dedicação da atual administração, conseguimos viabilizar esta obra por meio de parcerias e compensações ambientais com um custo bem menor que o orçado. Estamos impermeabilizando uma área de 5.500m² para recebimento de resíduos, com uma vida útil de aproximadamente cinco anos”, afirma.
