Os golpes envolvendo biometria facial têm se tornado uma ameaça crescente à segurança digital no Brasil. Criminosos se aproveitam da confiança nas tecnologias de reconhecimento facial para aplicar fraudes sofisticadas, muitas vezes se passando por agentes de empresas ou entidades de saúde.
O uso da biometria facial se popularizou a partir de 2020, com ampla adoção por bancos, sistemas públicos e aplicativos. Porém, essa expansão chamou a atenção de criminosos que desenvolveram maneiras de burlar o sistema. Um caso recente em São Bernardo do Campo exemplifica esse risco: duas mulheres se passaram por profissionais da saúde, coletaram a biometria de uma moradora e, com isso, realizaram empréstimos em nome dela.
A fragilidade desses mecanismos, diante de abordagens fraudulentas, levanta preocupações. Os golpistas usam argumentos convincentes e falsas promessas para obter os dados. A vítima só percebe o golpe após sofrer prejuízos.
Diante disso, a atenção da população é essencial. É preciso desconfiar de abordagens que solicitam coleta de dados pessoais, especialmente dados biométricos. A recomendação é sempre confirmar a identidade de quem solicita informações e garantir que a operação está sendo feita em aplicativos oficiais. Outro ponto importante é a adoção de autenticação em dois fatores, que dificulta a ação de criminosos.
Campanhas de conscientização são fundamentais para informar a população e ajudar a prevenir novas vítimas. Autoridades como a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) intensificam os esforços para regulamentar e fiscalizar o uso da biometria, garantindo maior proteção dos dados pessoais.
Enquanto isso, empresas e instituições financeiras aprimoram seus sistemas de segurança para acompanhar o avanço dos golpes. A proteção dos cidadãos, contudo, também depende da informação e da cautela individual.
Foto: Reprodução/FDR