terça-feira, 7 de maio de 2024

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Após reajustes, consumidores avaliam melhores modalidades de planos de saúde

Por Dentro De Tudo:

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Como o gasto com planos de saúde pesa no orçamento, muitos consumidores têm migrado de operadora neste momento de reajustes de mensalidades. Além dos preços, as pessoas procuram eficiência no atendimento e serviços que se encaixem no perfil. Em maio deste ano, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou o reajuste de 15,5% dos planos individuais e familiares para o período de maio de 2022 até abril de 2023, sendo este o maior aumento desde o início da série histórica, em 2000.

Ter um plano de saúde nunca foi tão importante como hoje; a psicanalista Melissa Stranieri descobriu recentemente que está com Covid-19. Além da preocupação com o diagnóstico, ela ainda recebeu a notícia de um reajuste no convênio médico e começou uma pesquisa para saber o que seria melhor a fazer nesse momento.

“Veio uma informação via e-mail da própria operadora avisando sobre aumento de mais de 20%, o que é absurdo, foge totalmente do orçamento que a gente imagina. E aí eu fui buscando essa alternativa, comecei a busca com alternativa de planos mais em conta, tentando buscar tanto que atendesse a região e até tentei diminuir a categoria, deixar alguns serviços tentando ver se cabe no orçamento”, afirmou.

Modalidades de planos de saúde

O plano de saúde da psicanalista é o de classe, que pode ser contratado por pessoas vinculadas a associações ou entidades. Outra modalidade é o plano coletivo, contratado por empresas destinado aos colaboradores. Outro plano é o chamado PME: voltado para pequenas e médias empresas, contratado por meio do CNPJ, com pelo menos duas pessoas no plano.

Essas modalidades não têm valores regulados pela Agência Nacional de Saúde (ANS), por isso, as administradoras ficam livres para decidir sobre reajustes.

Para quem está procurando alternativas, é bom ficar atento porque as operadoras não querem perder os usuários dos planos e também buscam aumentar o número de adesões. pensando nisso, algumas resolveram investir em modalidades que otimizem os atendimentos e diminuam o valor da prestação para quem contrata.

Esse serviço está dentro do chamado plano individual, que, diferentemente dos outros tem valor regulado pela ANS, e o reajuste não pode passar do teto, estabelecido em maio de 15,5% e que vale até abril do ano que vem.

A operadora Qsaúde, criada durante a pandemia, investiu nesse modelo individual e que tem um médico para fazer um atendimento antes de encaminhar para um especialista. E 45% das pessoas que fizeram a adesão não tinham nenhum plano de saúde, conforme explica a diretora-geral da operadora Vanessa Gordilho.

“O médico de família faz com que você centralize o seu cuidado, então você aqui entra em um processo em que você tem um médico pra chamar de seu, esse médico é quem te conduz ao longo dessa jornada da saúde. Você passa por ele e faz todo um trabalho preventivo também, porque você não deve ir ao médico só quando está doente, o certo é cuidar de fato da saúde, e esse trabalho preventivo faz com que você consiga cuidar da jornada”, explica Vanessa.

“Ao longo dessa jornada você vê qual a melhor especialidade, quais são os melhores exames para serem feitos também conduzindo a saúde de uma forma diferente”, acrescenta a diretora-geral da Qsaúde.

A dica da economista Juliana Inhasz é sempre pesquisar para ver qual o plano se encaixa melhor no perfil de cada um.

“Ele tem que reparar bem na forma como os reajustes tem acontecido, na modalidade individual os reajustes são limitados pela ANS, então a ANS coloca tetos para os reajustes, o que neste momento tem sido uma boa ideia, porque os planos coletivos estão sofrendo reajustes muito maiores do que os planos individuais”, explica a economista.

“É importante que o consumidor fique de olho, porque pode ser que ao entrar em um plano coletivo, que hoje tem um valor no geral mais barato, pode ser que ao longo do tempo os reajustes façam com que esse plano fique mais caro que o plano individual”, acrescenta.

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